Onde investir?



Agora, depois de trabalhar a vida inteira, educar filhos, manter responsabilidades e contas em dia, quando chega a aposentadoria e o tão sonhado momento de descanso, como organizar o patrimônio conquistado ao longo dos anos e os rendimentos que ainda entram em sua conta-corrente, frutos de benefícios da aposentadoria, aluguéis etc.?
Lembre-se de que a preocupação nesta etapa da vida passa a ser diferente: primeiro vem a qualidade de vida, depois, a intenção de acumular e manter o patrimônio. Assim, onde aplicar o dinheiro nesta fase?
Decisão individual
Quando se trata de investimento, não existe aplicação melhor ou pior. Existe, sim, aquela que mais se encaixa a seus objetivos e suas condições financeiras. Para identificar seu perfil, alguns pontos devem ser analisados:
Valor: quanto você pode investir?
Planeje metas confortáveis e de acordo com seu orçamento. Não adianta investir uma grande quantia hoje, se amanhã terá de resgatá-la. É melhor investir uma pequena parte e deixá-la aplicada por mais tempo. Definido o valor, verifique as aplicações que permitem o aporte de acordo com o seu planejamento.
Prazo: por quanto tempo você quer e pode manter o dinheiro investido? Quando "expira" sua meta? A melhor aplicação para você vai depender do tempo que tiver para investir. Avalie o tempo mínimo de investimento de cada aplicação e escolha aquela que condiz com seus objetivos.
Risco e retorno: as duas variáveis estão diretamente ligadas. Quanto maior o risco que quiser (e puder) correr, maior será o retorno do seu investimento. As opções mais conservadoras de investimento, geralmente em Renda Fixa, são as mais adequadas nesta fase da vida. Nesta etapa, é melhor pensar mais em segurança e ser menos agressivo.
Tudo ao seu tempo
Se quiser investir no mercado de ações nessa etapa da sua vida, leve em consideração essa regra básica: quanto mais jovem for, mais pode carregar seus investimentos em renda variável, pois tem o tempo a seu favor e, no longo prazo, pode ter retornos interessantes das boas empresas listadas na bolsa de valores. Os mais jovens também contam com o tempo a seu favor caso precisem se recuperar de uma eventual perda.
Assim, pessoas mais experientes, que já estão na fase de aproveitar a merecida aposentadoria, devem buscar aplicações mais conservadoras, que lhe garantam um ganho menor, porém mais seguro. Segundo especialistas em finanças pessoais, o percentual de alocação dos investimentos em renda variável pode seguir a seguinte divisão por faixa etária:
- Até 30 a 35 anos: até 50% em renda variável (perfil agressivo)
- Entre 36 e 54 anos: 30% em renda variável (perfil moderado)
- Acima dos 55 anos: 15% em renda variável, tendendo a zero com o passar do tempo (perfil conservador).
- Além disso, não é recomendável, nessa etapa da vida, contratar planos de capitalização ou previdência para resgatar daqui a 20 ou 30 anos.
Liquidez é a palavra de ordem
Existe ainda um conceito muito importante em investimentos que você deve considerar, ao fazer seu planejamento financeiro: a liquidez. Você sabe o que isso significa?
Trata-se da facilidade de determinado ativo (investimento) ser transformado rapidamente em dinheiro.
Por exemplo: você compra um imóvel na praia e se considera tranquilo. Afinal, se precisar de dinheiro, basta vendê-lo. Porém, não é tão simples assim. De quanto tempo você precisa para vender seu imóvel na praia? Quanto mais fácil de vender e ter o dinheiro em mãos, maior a liquidez do seu imóvel.
Nesta fase da vida, recomenda-se manter investimentos de maior liquidez, pois é importante ter fácil acesso ao seu dinheiro, caso precise dele numa eventualidade em família, um problema de saúde etc.
Invista em você
Na dúvida sobre a melhor aplicação nesta fase da vida, invista em você! Aproveite o tempo livre para viajar, conhecer lugares e pessoas e fazer tudo o que não podia enquanto estava, como já dissemos, pensando no futuro! O futuro é agora!



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